Rugas na testa
De tão longe te ver
Rugas de fim de festa
Apenas me resta sofrer
Rugas de te chorar
De me sentir tão só
Dos meus olhos não secar
E as lágrimas cairem no pó
Rugas no meu rosto
De para ti não saber cantar
Nos dias de sol em agosto
Ou nas lindas noites ao luar
Rugas por todo o meu corpo
Marcadas pelo teu amor
Como as águas paradas num porto
Chamando pelo barco do pescador
Rugas que comigo levarei
Na viagem sem regresso
Rugas de quem amei
A elas me confesso
a beleza é supérflua,
a verdadeira, os olhos não a vêm!