Penteei o cabelo e olhei o céu
Nuvem branca de neve entre os arraiais
Sedentária, sexual, cigana
Absorvendo os meus sinais
Será aquele reflexo o meu?
Cresci indígena entre trigais
Por acaso olhei céus vermelhos em menino
Dancei e corri arraiais
Mas quis a graça
E quis a vida que passa
Que escrever para ti
Fosse meu rubro destino
Por acaso, mas só por acaso
Não tenho medo
Que um amor semente, flor e fruto
Deixe um dia de ser um segredo