Poemas : 

Um pouco de mim - 2006

 
Vida,
Aquela que rude
Apressa o passo
Enrola como cachecol
O sol,
Que nasce de dia e se põe de noite

São dias assim
Que com sorte
Atrasam a morte
E mais um dia nasce

Piso o chão
Como quem escuta atentamente
O forte galopar da mente
Que pára fortemente
À frente de quem sente

Ser forte
Saber aguentar a sorte
Que encanta como sinfonia
Ecoada no ar pesado

Paro frente à noite
Controlando a vontade
Como quem enfrenta tempestade
Com palavras e simplicidade

E esta não é mais uma história
De principio meio e fim
Não é mais um filme
Com personagem principal
Não é um fim, mas sim um princípio
De quem apenas quer um final.


Apenas um final


Andas à toa
Pela proa
Que perdida navegou
E carregou as amarras da morte

É mais um dia
Que o sol vem à janela
E espreita pela tela
O menino ancorado
Que um dia acordado
Andou pela sombra dos recantos do fim do mundo

É preciso aperfeiçoar
E parar de actuar
O futuro abraçar
E voltar a sonhar

Por isso agarra a alma
Que escorraçada pela vida
Olha para cima
Para aprender a contar estrelas

Pára de sofrer
Pára de correr sem saíres do mesmo sítio
Pára de fazer fitas sobre o irreal
Acorda do surreal
Aprende a contar estrelas

E seres rude não resolve nada
Não tens o mundo na palma das mãos
Porque cada dia não é feito de nada
Para alguma coisa existe a palavra lutar,
Para algum dia puderes dizer:
-Este é o primeiro dia da minha vida!



Aprende a contar estrelas

 
Autor
Rafaelaroberto
 
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