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poema

 
poema

paulo monteiro

poema
quero um poema para os dias
para as noites de angústia
quero um poema sem algemas
sem cadeias sem correntes
um poema de fábricas e lavoura
há de ser o meu poema
forte como os operários fabris
ou como os obreiros camponeses
quero um poema que domine
as fábricas as lavouras os currais
quero um poema para ser cantado

poema quer um poema
como os versos de cordel
que tenha a rua por tema
e o povo por menestrel

meu poema será sempre
mal-visto da grã-finagem
não nas rodas eruditas
da marota malandragem

entendo por poesia
uma mulher democrata
amante da maioria
com seus telhados de lata
(do livro inédito eu resisti também cantando)


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
Autor
PAULOMONTEIRO
 
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 11/01/2009 12:54  Atualizado: 11/01/2009 12:54
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1976
 Re: poema
A poesia deveria ser democratizada ao povo humilde que trabalha e luta contra tudo e contra todos e têm dificuldades de serparar o joio do trigo. Bonita mensagem poética. Gostei demais

abraços:

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 11/01/2009 13:21  Atualizado: 11/01/2009 13:21
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: poema p/ PAULOMONTEIRO
Caro Paulo

Um poema lindo com uma mensagem
bastante clara e que vai elucidando
na mente de quem lê, muito bem escrito
todo rimado e adorável de ser lido
Parabéns!

Beijinhos no coração