Passas lentamente, como o tempo...
E nessas frias passarelas tão sem vida,
Vais desfilando noite adentro...
Esses sorrisos que te vão à face vívida,
Definham aos poucos, os momentos...
O glamour!...A adolescência perdida...
Em tantos janeiros,
Desfilas os teus encantos de beldade!
Vês?!...E o que me restou dessa tua vaidade?!
Senão esta saudade,
Que em mim vai definhando o ano inteiro...
Cílios postiços!...Quanta fugacidade...
O que escondes nisso tudo?!
Teu olhar?!...Teu olhar vai mudo!
O que te fez a vaidade?!
Onde estás?!
Amiúde te procuro,
Neste andrógino lugar!
São tantos cílios postiços,
Que não brilhas nem tens viço!
És morta até no olhar!
(tanatus – 05/09/2008)