Era o ano de 1875.
Mais especificamente, 05 de agosto de 1875.
O pai, terno e amigo, ao filho argumentava
De “meu peralta” o chamava.
“- Há infinitas carreiras diante de ti”
Vinte e um anos tinha o guri
Não vivi no tempo de Machado
Mas me pergunto se com vinte e um
É melhor ser operador da bolsa, promotor, empresário
Ou só ‘o peralta’
Mundo precoce. Cresceu, mudou.
Aqui melhorou, acolá piorou.
Só o anseio maior do ser humano permanece intacto
No fundo, tudo o que se busca é ser feliz
Seja aos vinte e um, com toda a possibilidade
Seja aos oitenta e um, com um pouco mais de idade.
A citação entre parênteses é do conto de Machado de Assis intitulado “Teoria do Medalhão” - Minha singela homenagem pessoal ao maior dos escritores brasileiros.