Escrevo no papel macio,
Numa caligrafia hesitante, meio torta,
Um soneto assim vazio,
Em letras tristes, quase mortas...
São tantos os anseios
Que em rabiscos, por estas linhas, vãos!
São tantos os devaneios,
Que me escorrem ébrios, pelas mãos!
Minha escrita resvala, assim, tão pouca...
Das páginas do que foi uma vida,
Desfaz-se no borrão de numa grafia solta...
Trêmulas!...Minhas mãos vão escrevendo!
E em tantas folhas esquecidas,
Meu soneto, em garranchos, vai morrendo...
(tanatus – 12/11/08)