Navego como um barco,
Nas águas profundas,
No oceano da vida,
E vago sem rumo,
Para algum lugar,
Transporto a saudade,
Que tanto me invade,
Ao deixar de te amar.
Navego como um barco,
Na imensidão desse mar infinito,
A vagar na tempestade,
Pelo meu coração que arde,
E a dor que cala meu grito.
Navego como um barco,
Que há doze anos me vi embarcar,
Nas águas tão turvas de uma solidão,
Sozinho desde menino sofre meu coração.
E quando irei aportar?
Se nesta vida de tormentos,
Contínuo a remar,
Sem avistar nenhum porto,
Vou vivendo e o meu peito,
Vai me pondo a sangrar.
Rodrigo Cézar Limeira