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O Zé

 
O Zé é um individuo chato e burro
Inculto até dizer chega,
Mas ainda assim é orgulhoso.
Orgulhoso do que os seus avós fizeram
Que mais não foi que descobrir um filão de ouro.
dois na verdade: um de raios de sol cristalizados,
e condimentos reservados aos deuses;
outro de ouro negro, daquele que tem dois braços e duas pernas,
pelo menos a quando da extracção.
E é disto que p Zé se orgulha.
Destes filões dos seus avós sobra... a memória.
Graças ao divino/a (comédia) que já lhos tirou.
mas o peito do Zé é um balão cheio, tão cheio...
Mas não há ninguém que lhe dê uma alfinetada?
Enfim, divagações, voltemos ao Zé.
O Zé é megalómano e desmedido
Prefere andar esfarrapado e esfomeado
Para ter um bom carro e um com mecanismo portátil de conversação à distância
e ainda não viu que é isso que faz rir o seu vizinho.
Mas o Zé é que sabe... Palavra do Zé é suspiro do divino/a (comédia)
Ai Zé! Onde é que vais tu parar?
Á sarjeta?
Não! Isso seria demasiada ironia...
Ir agora um homem parar onde sempre viveu
Ir parar á sarjeta quando foi dela que (nunca) saiu
É castigo demasiado severo.
deixemos o Zé com o seu inabalável orgulho.
nós que sabemos a verdade, faremoscomo os demais
rir, simplesmente.

 
Autor
Nuno Grande
 
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