Siga-me que logo a sombra nos alcançará,
siga-me sem perguntas para onde poderei te levar.
Estamos a procura do nosso canto
e sobre o meu rastro você vai caminhar.
O vento a favor mostra que está logo atrás de mim
e na minha nuca já sinto a sua mão
tocar-me o rosto e a boca,
tocar-me os ombros e a cintura,
tocar-me por inteira
e no mais nada será em vão.
Siga-me no silêncio cativo
que transpassa meus sentimentos
à você.
Siga-me somente porque te quero por perto,
mas tenho orgulho demais para adimitir.
O aguaceiro das questões
jorra pelo lado contrário
e você toma a frente.
"Siga-me", você diz, "porque te quero aqui,
siga-me para eu tocar o seu corpo
e dizer a você as coisas que eu queria ouvir.
O seu silêncio cativo pouco me maltrata,
mas queria de você alguma palavra além do vago siga-me."
02/08/2007
Amanda