Alguém já estendeu os braços,
E cortou os pulsos,
Para sentir jorrar o sangue do sofrimento,
Para tentar fugir da dor de um tormento,
Para encontrar na morte um justo julgamento.
Almas como estas,
Estão por aí, por acolá,
E às vezes a buscar a luz,
Para tentar fugir do frio da noite.
Almas tão esquecidas,
Muitas por essas esquinas,
Quase sempre em meio às ruínas,
De suas vidas não vividas.
Almas de coração destruído,
Que do mundo não receberam compaixão,
Que só tiveram solidão,
Para carregar como castigo.
Almas de um mundo profano,
Por demais insano,
Que sempre nos faz perder o juízo.
Almas que tanto sonharam e buscaram,
No coração a salvação.
Almas, a absolvição dos seus pecados
É o sofrimento,
Que carregam os mal amados,
E que detém os desprezados,
Sem destino, sem amor,
Padecendo pela dor.
Rodrigo Cézar Limeira