De olhos fechados, numa inconsciência estranha mas saborosa, esbarrei numa casca de amêndoa torrada barrada a manteiga de amendoim escorrendo num canto de uma boca em fio de sangue pisado…
Era Verão!
O vento soprava de leste tocando suave nos meus sapatos de cetim, sola baixa, sol alto queimando forte, tornando o suor puro, latejando rosto a baixo…
Não existiam sombras nem formas tostadas em um único circuito!
Girava uma escova raiada em lisos cabelos mel guardados por perto de 30 anos numa gaveta de rascunhos e historias…
Era tempo de férias!
Cada lágrima escorria sólida quebrando silêncios emocionais na pista desenhada em papel de fundo branco como parede que pintas a óleo um só retrato…
Através do despiste psicológico, a intervenção sentimental surgiu em plano secundário quebrando passos na física que transformara a química num momento único de um luar cansado de tanto céu envolvente…
Tive que me levantar!!!
Já era manhã…
Mais uma sensação abominável a servir de escravo ao meu sossego e descanso!
Bom dia, é só uma falsa expressão que caiu no goto de ser bem falada por ser uma frase bem decorada em toda a consciência pesada até ficar tarde…
Boa noite, soa a brilho e silêncio merecido numa só nota musical deixada num momento anterior adivinhando que amanhã será outro dia…
Que assim seja, será sempre merecido!
Assim me convido, assim te convido…