Ainda pequenino, olhei o céu,
O mar, o sol, a água do ribeiro,
E logo nessa altura em mim nasceu,
Um sonho mentiroso e traiçoeiro.
Subir... poder voar na imensidade,
Dar livre curso à minha fantasia...
Pensando assim, julguei que a felicidade,
De nós, e não dos outros, dependia.
Embalado nas asas da ilusão,
Livremente deixei o coração
Dizer a toda a gente o que sentia.
Mas vi depois com mágoa e sofrimento,
Que aquilo que eu dissera num momento,
Ninguém...ninguém sequer o entendia...
António Boavida Pinheiro
AUTOR DE:
«Cem Poemas Diversos»
«Poemas ao correr da pena»
«Poemas em glosa»
OUTROS...