Prosas Poéticas : 

TIMIDEZ

 
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Ah! Minha infância...
Nascida em cidade do interior, matutinha à matutar...
O meu forte, era também o meu ponto fraco... Timidez!
Como eu era tímida... Ninguém podia me olhar, parecia que eu ia derretendo...
Muito apegada a minha mãe, que não apegavá-se a nada!
Carente, até os dentes... Tamanha era minha carência, que os meus dentes cariavam, fiquei banguela cedo, e, nas banguelas passava...
Sai do interior aos 15 anos de idade, e vim morar em Recife-PE, no bairro de Casa Amarela...
Êita pau! Como eu amarelava!
Cidade grande, prá quem veio do interior... Era o caos!
Tímida matutinha... Vixe! Um vexame só!
Imagine... Eu era tão tímida, que quando ia à escola, e precisava ir de ônibus... Fazia todo trajeto em agonia, a vergonha era tanta, que eu não conseguia erguer os braços, dando o sinal de parada ao motorista...
Ah! Que alívio, quando outro passageiro o fazia...
Ufa! Certa vez, eu precisei fazê-lo, porém, esperando que alguém o fizesse em vão...
O ônibus arrancou em disparada!
Gritei! O medo foi maior que a timidez...
Para! Para! Motorista... Vou saltaaar!!!
Imaginem... A maioria dos passageiros eram estudantes!
AI! Que gozação! Até hoje lembro... do alvoroço que foi formado...
Ah! Um buraco, prá me meter!
Ah! Como eu queria ser um tatu...
Quanta brejeirice... Ufa! Passou...
Ficou para trás, são so lembranças que não voltam mais...
Esther


Quando descobri o que sou para Deus a opinião da oposição, a meu respeito perdeu o efeito; quando me conscientizei do que Deus é para mim dispensei intermediários.

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Autor
Esther
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