Estatelado no chão me encontro, sobre mais uma disputa de vida. O corpo pálido e vencido reflecte o ensinamento e interioriza a dor… revivida a cada golpe infligido na alma.
Ecoam no meu cérebro os desacertos obrados, como verdades cruéis eclipsadas sob névoas de razão, mascarando o brilho dos sonhos. Vertem sob o rosto as fantasias, o esforço e a dedicação, brigas por um propósito desacreditado. Cada acto esfolado redunda em delírios de vida, alucinações de vontades e quereres.
Renasci sobre as cinzas da dor e, mergulhado em ambiguidades, imergi persuadido de uma existência sem antagonismos, antíteses, conflitos. Avanço… deixando fluir a vida ao sabor de brisas divinas, abraçando cada sopro sem previsões, conjecturas ou juízos, somente em paz, desfrutando do caminho que me guia.
Deixei minhas armas quando caí, esperando que sob céus melódicos Deus me gratifique com sabor e premeie esta ousadia com cor. Posso ter caído… mas não fui vencido.