Poemas -> Reflexão : 

Analfabetos do saber

 
Tags:  vida    sofrimento    sonhos desfeitos  
 
Open in new window


















Imagem retirada do Google


A Madrugada aproxima-se
Lentamente despede-se a noite
Desbotam-se as luzes artificiais
O silêncio segreda-me de ti
Recordação idílica em mim

Na quietude da noite fria
Corações doloridos dormitam
A noite alonga-se aqui…
Onde meu corpo cansado permanece
Alerta, vigilante, velando por ti
Gente … simplesmente gente
Corpos imperfeitos, falências vitais
Em urgências primordiais
Protegendo a vida da vida efémera de nós

Sonhos desfeitos, reflexões necessárias
Desejos castrados no tempo que se perdeu
Esperanças renascidas, olhares agradecidos
Vozes tremulas, carências ausentes
Peito doloroso, ardente por ti

O sol nasce soalheiro do universo
O dia amanhece e com ele o futuro presente
Joguetes em um puzzle inventado pela vida
Pré destinado em ti, em mim, em nós
Visíveis nas forças cósmicas
Esboçados no livro grosso da vida
Com tinta imperceptível
E reescrito por nós
Analfabetos do saber

Escrito a 3/01/09


 
Autor
Liliana Jardim
 
Texto
Data
Leituras
1499
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
25 pontos
9
0
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2009 19:08  Atualizado: 04/01/2009 19:08
 Re: Analfabetos do saber
Viver e amar é aprendizado do dia a dia.Nunca saberemos o bastante sobre nós e o outro.
Analfabetos, a vida nos ensina, doce Liliana!
Parabéns pelo belo e reflexivo texto!
Bjins, Betha.

Enviado por Tópico
Carlos Ricardo
Publicado: 04/01/2009 19:46  Atualizado: 04/01/2009 19:46
Colaborador
Usuário desde: 28/12/2007
Localidade: Penafiel
Mensagens: 1801
 Re: Analfabetos do saber
Olá Liliana!

Parabéns por mais um texto poético que implicitamente pergunta e implicitamente dá pistas para respostas que cada um poderá tentar encontrar à sua maneira.
Abraço.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2009 20:20  Atualizado: 04/01/2009 20:21
 Re: Analfabetos do saber
São sempre os momentos de introspecção que nos conduzem numa viagem, sem fim..


Belo poema Liliana


Tudo de bom para ti

Bjs
Dolores

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 04/01/2009 20:56  Atualizado: 04/01/2009 20:56
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Analfabetos do saber
Parabéns pelo belo poema, Lilana,
pelo mergulho que fazes às profundezas
do ser, onde a verdade se relativiza
e encaixa no subjectivismo de tudo!
Desejo-te o melhor da vida, sempre!
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/01/2009 13:24  Atualizado: 05/01/2009 13:24
 Re: Analfabetos do saber
Só tu poderias escrever com tanta profundidade e lirismo sobre o quotidiano da enfermagem e do ser humano em particular. Bela simbiose!

Excelente este poema!

Beijo azul...Até sempre!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/01/2009 02:19  Atualizado: 06/01/2009 02:19
 Re: Analfabetos do saber
Um poema arrancado das profundezas da tua alma.
Soberbo.

Beijo

Enviado por Tópico
glp
Publicado: 06/01/2009 15:22  Atualizado: 06/01/2009 15:22
Da casa!
Usuário desde: 26/02/2007
Localidade: Belas
Mensagens: 464
 Re: Analfabetos do saber
Gosto bastante!

Parabéns, um beijo e Feliz 2009

Enviado por Tópico
crissales
Publicado: 07/01/2009 21:42  Atualizado: 07/01/2009 21:42
Super Participativo
Usuário desde: 20/09/2008
Localidade:
Mensagens: 129
 Re: Analfabetos do saber
sonhos desfeitos ," quantos sonhos desfeitos, mas ainda assim é preciso que secontinue sonhando.beleza de palavras, feliz ano novo,beijao de sua amiga cris.

Enviado por Tópico
PAULOMONTEIRO
Publicado: 12/01/2009 16:50  Atualizado: 12/01/2009 16:50
Muito Participativo
Usuário desde: 23/07/2008
Localidade:
Mensagens: 92
 Re: Analfabetos do saber
Liliana:
Parabéns. A poesia é a transformação do particular em universal. Como enfermeira, foste além da enfermeira, conseguiste expressar a tragédia pessoal de cada vida como se fosse a tragédia universal de todas as vidas.
Um grande abraço do
Paulo Monteiro