Será no fim do fim do século
Que esse amor verá luzes, estrelas e cometas
Quando do tempo não houver memórias ou sombra
E não puderes brandir a baioneta
Mesmo que o tempo acabe
Não acabará a história
E na traição da memória
Serás cinza, brasa e lume
Em profundo silêncio o teu ciúme
Vazia a moldura, ausente o lugar
E uma ligeira névoa sobre a memória e a história
Será só no fim do fim do século
Que virão as cores
Misturar os teus amores
Porque tais coisas não foram feitas para os teus dias
E…
Mesmo que olhes o céu e sorrias
Vale a pena esperar
Se não esperares pelo fim do fim do século
Será esse amor filho trémulo
De um amor fraco da máquina do mundo
Mais superficial que profundo