Um rosa apenas descansa
Junto a mortalha devorada,
Terra cobre a boca do lobo,
Eu ergo o véu da ilusão
E o amor é o primeiro a falecer.
Cinzas repousam sobre meus olhos,
Nódoas e pus alternam-se insolentes no vazio,
Ígneos lamentos ecoam indistintos,
Dos lábios sem pele o derradeiro beijo soa sórdido
Tão frio quanto a lousa solitária.
Um rosa encerrou o ciclo,
Apenas uma aspiração completou os dias salpicados de sangue,
Acreditar é uma questão de sobreviver com o que sobra
Das ruínas estupradas em templos de memórias indesejadas.
O fluido gozo translúcido do anjo
Escorre profundo na ferida da criança,
O caixão vago desaparece na alucinação noturna
Ungido pela cria de Satan.