O poeta não é um ser dissimulado, um fingidor...
O poeta é um construtor de sonhos, uma máquina de ilusões...
É um artífice que com esmero, brinca com as
palavras, e mesmo que as solte ao vento, cuida
para que nele siga um bailado, que encante e
jamais soe indiferente!
É uma criança que tem por amigo imaginário, o
teclado, a pena, o papel ofício, no qual, fica a
construir sentenças, dando asas a imaginação e
transformando-as em fatos reais – dentro da
ficção – o que importa é saber tocar e fazer
sentir o coração!
Quer tristeza, quer alegria, ou sei lá mais o
quê... Verdades vestidas de fantasia, prendendo
do leitor a atenção, e descompassando deste, o
coração!
Escrever é uma arte, poetar e até o comentar,
também o é!
Em poesia, tudo é belo, desde que usemos de
mestria...
Nada é escandaloso, ou profano, nada é feio, ou
insano...
O poeta tem a sensibilidade e a arte, de
transformar até o sexo animal,em singeleza...
De beleza tal, que o iníquo se torna santo...
O poeta não chama a atenção, não apela...
Faz-se notar naturalmente...
Escrever, poetar sobre “Sexo Explícito”, em
linguajar de cama, mesmo que com métrica e rima,
jamais será poesia e sim grosseria!
Poesia sexual, tem que ter erotismo, e este, é
como o despetalar de uma rosa: uma a uma...
A nudez disfarçada pela textura transparente, é
mais sensual, do que o NU completamente!
Aos impacientes, exorto: deve haver sempre, o
momento, a forma, e a hora certa para cada
propósito embaixo da terra!
Esther.