Sangue. Gota, após gota,após gota
Rio, comédia, prisma resplandecente
Infinidade infinitamente obtida,
Roubo total da sacra obra.
Chuva cristalina, desidratada
Gemido profundo de agonia
Sol escondido, tempestade eléctrica
Abate celulósico de toda a crença.
Palhaços, obras canibais
Erupção do íntimo profundo
Casas, hotéis, bacanais
grades, celas, torturas...
E o primeiro insurge-se sobre o segundo
Sou o mestre, o rei, o imperador
E o outro, pobre criança, pobre futuro
Destrói o passado sem pestanejar
Mas o segundo é primeiro e o primeiro segundo
É a aceite régua quem o diz
Mas em vez de se aceitar a harmonia
Opta-se pelo cume e não pela base.
Abaixo o imperialismo pós moderno!
Abaixo as convicções enraizadas!
Sejamos todos cegos por um momento
E assim todos veremos a verdade.