FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO PUNHAL
RASGAVA, FERIA E MATAVA
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO LUZ
BRILHAVA E MOSTRAVA O CAMINHO
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO PARTIA
OLHAVA-SE E A SI DE UM PONTO DISTANTE
ACOSTUMAVA-SE A DEIXAR E FICAR SOZINHO
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO PARTIDO
JUNTAVA-SE EM PEDAÇOS SEUS
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO PEDAÇOS UNIDOS
VIA-SE A SI DE NOVO NO MESMO AMOR
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO
PEDAÇOS LIGADOS, UNIDO E REAL
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO MILAGRE
CURAVA-SE NAS CICATRIZES, AINDA FERIDO
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO NASCIA
CALAVA-SE NO GRITO DO PARTO
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO SÓ AMOR
PERCEBIA-SE QUE O PUNHAL ERA A FERIDA
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO SEM SAÍDA
FICAVA MAIS PERTO, TALVEZ EM UM SÓ
EM UM SÓ NÃO HÁ AMOR, POR ISSO DOIS
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO MAIS VELHO
LEMBRANÇAS, TÃO SOMENTE
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO SEMENTE
PLANTADA NO PERFEITO SENTIMENTO
FALAR DAQUELE AMOR ENQUANTO VIDA
SEMENTES, PEDAÇOS FECUNDADOS E UNIDOS
VIVER UNIDOS EM PEDAÇOS. MESMOS DISTANTES.
José Veríssimo