CRISTAIS/ Luc Ramos.
QUERO ME APAIXONAR, COMO SE AINDA FOSSE CRIANÇA,
QUERO SEMPRE ACREDITAR, QUE AINDA EXISTE ESPERANÇA,
NOVAMENTE ME ACOSTUMAR, QUE AINDA POSSO SER FELIZ,
E QUANDO VOCÊ CHEGAR, PRO SEU SORRISO PEDIR BIS...
NÃO VOU SENTIR MAIS NO ROSTO, A BRISA DO DESGOSTO.
MUITO CHOREI, TANTO SOFRI, CAI NO POÇO,
AGORA CONFIANTE, POR CAUSA DO SEU CARINHO,
ESTOU RADIANTE, NÃO VOU MAIS ESTAR SOZINHO.
AMANHÃ É UM OUTRO DIA, E NO MEU PEITO ARDE,
O FOGO DA ALEGRIA E A CHAMA DA FELICIDADE...
VEM AMOR, QUE EU ESTOU TE ESPERANDO,
VEM E TRÁZ PRA MIM A TUA ALEGRIA...
SE ME ENCONTRAR CHORANDO...
NÃO SE ESPANTE, NÃO É PRANTO...
SÃO GOTAS DE CRISTAIS, SÃO POESIAS,
FRUTO DO TEU ENCANTO...
FIM
UM PROFESSOR (A) PELO AMOR DE DEUS. (Luc Ramos)
Eu tenho duas filhas que são professoras, pertencem a Secretaria da Educação de S. Paulo, cursam a faculdade e se preparam para que amanhã possam estar em condições de pleitearem um cargo melhor e melhor ainda exercerem a profissão escolhida.
Às vezes, quando estamos reunidos, quase sempre nos finais de semana, trocamos idéias sobre a vida de um modo geral, e então, uma delas mostrou-me um recorte de uma revista muito antiga.
Após ler o artigo, resolvi resumir o mesmo, com minhas próprias palavras. E assim o fiz
.
Em 1612, na Europa, tinha uma lei que mandava, “toda criança de 6 a 12 anos deverá freqüentar a escola”.
Em 1777, na Áustria, na cidade de Viena, havia uma lei que proibia de se contratar aprendizes e empregados domésticos sem o devido certificado escolar.
Na Argentina em meados do século XIX, inspirada por Sarmiento e Rivadavia, começa um processo de escolarização, e o Uruguai os acompanha.
Então me perguntei, poxa, e o Brasil?
Bem, por aqui quase nada, infelizmente os colonizadores portugueses tinham uma educação mirrada e medíocre, assim como os espanhóis. E nós herdamos essa herança.
Alguns historiadores alegam que, depois da expulsão dos Jesuítas do Brasil, houve um vácuo educacional. Parece-me que a cidade de São Paulo ficou 40 anos sem escolas formais.
A coisa andava tão brava que o governador-geral Morgado de Mateus, encontrou serias dificuldades para montar a sua equipe de governo. Não achava quem pudesse remediar essa falha, não tinha ninguém letrado suficientemente para tal cargo.
Por volta de 1821, alguém ligado ao governo declarou “não foi dada a devida importância a instrução primaria das classes baixas e médias da sociedade, e os que nas classes elevadas sentiam necessidade de uma escolarização mais completa, não encontravam recursos”.
Tínhamos um “ensino de inutilidades ornamentais” dizia Bastos Ávila. A nossa educação era compatível com a mediocridade da época.
E por causa disso tudo, quando perguntaram a um visitante que exercia o cargo de professor na Europa o motivo dos nossos alunos serem tão fracos, ele respondeu “o que pode ensinar, quem nada sabe?”.
Desse jeito, as crianças cresciam selvagens, em meio a uma chusma de escravos e vagabundos da pior espécie com quem aprendiam a praticar vilanias desde a tenra idade.
Durante todo o Império, não houve prédios escolares em São Paulo, nem moveis didáticos.
Em Ubatuba os alunos tinham que estudar em pé. Apenas no Século XX as escolas começaram a tomar consistência. Como vocês vêem, estamos atrasados, temos de recuperar o tempo perdido.
Portanto, mãos a Obra! Vamos construir mais escolas para construirmos menos presídios.
Vamos dar condições aos professores, salário compatível, e segurança para exercerem a profissão nas salas de aula, OK? By Luiz Carlos Ramos
FIM