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Segunda morte

 
Tags:  amor    sombrio  
 
Despido de qualquer pudor imploro por uma nova chance,
A minha natureza não é tão sádica quanto masoquista,
Não conheço outra realidade distante da dor e meu desejo
É fruto de tudo que sofro e sinto ao amar tão intensamente.

Heróico ou galante desejo de morte esconde-se
No receio de permanecer sozinho após o conhecimento da dádiva,
Que necessita de tua presença sagrada e bela
O enleio de todos as aspirações dignamente supremas.

Nenhuma outra de pele morena e noturnos encantos,
Nenhum outro rosto tão delicado e cálidos gestos
Na postura altiva e convidativa a inocência langue de elegia
Apreciando a algidez dos campos em agosto.

Meu amor com uma moeda na boca,
Lábios que inspiram e provocam tantos sonhos,
Junto ao corpo um abraço necessário e distinto carinho,
Preciso novamente me sentir completo ou jamais serei abençoado,
Sem teus beijos recuso-me a vislumbrar a segunda morte
Partindo para a infinitude lamurienta de sua falta.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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