A palavra é uma porta.
Se o acesso permite,
vale pelo que transmite.
Ainda que seja torta.
Há palavras doces feito mel;
outras, amargam como fel.
Há palavras de paz e amor;
outras, de guerra e de dor.
Há palavras que são benditas,
carregam idéias bonitas.
Há palavras que são cortantes
e ferem em poucos instantes.
Mas aquela que importa,
a que nos causa bloqueio,
é a palavra morta,
a palavra que não veio.
Lina Meirelles
Rio, 10.12.08