A um passo impossível de dar,
A minha alma começa, agora, a desintegrar-se;
Dentro de mim ouve-se o eco do tempo e do momento...
O tempo que demoras a chegar
E o(s) momento(s) em que sempre ficas.
Controlo o meu pensamento desviando-o
De tudo aquilo para onde o levo, sem pensar.
Arriscas a minha paz com a conquista da tua,
Entregando um beijo à palma da minha mão
E pedindo para guardá-lo dentro de mim.
Veio embrulhado em dor e saudade,
Tornou-se eterno desde que o tempo parou...
E desde então, sentem-se ondas a escorregar;
E a minha mão cerrada dentro do meu peito,
Com toda a força que o meu coração esqueceu,
Esperando, esperando, esperando...
Nas tuas mãos transformo-me em areia,
Que aos poucos vai escapando, sem dizer.
No teu silêncio, não ouves que se afastam os meus passos...
2/Junho/2007