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Cilada

 
Cilada
 
Os motivos vieram da vaidade
Só hoje percebi o por quê desta sintonia.
Parecidos que somos, atiramo-nos.
E na profundeza dos olhares
Como se não houvesse necessidade
de explicação, de definição
sonhamos o sonho dos sonhadores.
Mas o toque de suas mãos não foi sonhado
Nem tão pouco teu hálito imaginado.
Difícil conviver entre o desejo e o fato
Deveras tivesse suposto, não experimentado.
Porque por mais que o ego me clame
E implore para que você me chame
Não consigo mais conviver somente
Com as sonoras lembranças de minha mente.
Tudo seria tão mais fácil
Se domínio eu tivesse sobre mim
Mas dei ouvido à meus sentidos
E me vejo agora nas profundezas
De um mar sem fim.
Amar é como colocar a mão no fogo
Queima, arde e pode causar feridas.
Mas amar também purifica, como o fogo.
E no desapêgo do amor intenso, este que liberta
Trouxe à mim o sentimento de alma desperta.
De repente, percebi....estranho....
Onde jaz a vaidade?
Onde está a necessidade?
Não mais amo? Onde há a paixão?
Não...nada disto.
Descobri que existimos; somos eternos.
E o que realmente importa: a amor, nada mais.


Faze o que tu queres será o todo da Lei.
Amor é a Lei. Amor sob Vontade.

 
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Ravendra
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/01/2009 15:54  Atualizado: 01/01/2009 15:54
 Re: Cilada
Neste poema, feito de pura poesia e muito sentimento, atrai-me, sobretudo, a sua lucidez. Uma poetisa de rara sensibilidade e lucidez aqu deixa sua marca.Parabéns.
Bj