Acrósticos : 

Copo vazio sobre a mesa, mas cheio em mim

 
Tags:  amor  
 
Olá! Estou outra vez sentado! Não, não passo a vida sentado... estou apenas a olhar para cima... não, para o tecto não... apenas para as palavras que pairam sobre a minha cabeça e que desenham sombras coloridas no chão. Por isso, divido o meu olhar enre o chão e o tecto, entre as palavras transparentes sobre mim, sobre os meus olhos, no meio das minhas mãos cheias de fome de agarrá-las e sacudi-las e as cores que caem suavemente no chão, como se fossem flores a nascer ao contrário. Penso que se estivesse lá fora talvez as nuvens fossem feitas de palavras e no chão, a abrir a terra, as flores, as árvores, cada erva verde fossem feitas de sons caídos das nuvens. E seu eu olhasse para cima e lesse A-M-O-R? A minha voz nasceria da terra, a palavra nasceria soletrada, letra-a-letra, em cada pétala? E o eco, ah o eco... partia-se no ar e corria com(o) o vento?

 
Autor
Boemio
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