Se num dia de inverno eu te procurar
É porque me encontro muito sozinho
Não digas que não, deixe-me entrar
Pois não encontrei nenhum caminho
Para minh’alma eu poder esquentar
Se na primavera contigo encontrar
Não desvies nunca do meu caminho
Se eu estiver tão triste é por te amar
E por caminhar só, sobre os espinhos
Estas lindas flores quero te ofertar
Se neste verão eu estiver enfermo
Peço por piedade, venha me visitar
Venha me tirar deste ardente inferno
Que talvez, assim, possa me alegrar
Este meu convite agora eu externo
Se neste outono eu não colher fruto
E somente folhas cair no meu quintal
Peço que moderes o teu jeito bruto
E numa frase linda possas me acalmar
Mas não fale nada do meu substituto.
jmd/Maringá, 30.12.08
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