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Contos Astrais

 
Tags:  trama    Lua Azul    Bluemoon  
 

I – O conto da Lua (22-07-1999)

Ao anoitecer
O Sol se põe
E a Lua nasce.

Vezes sem conta
Que a História repete.
Mas num dia especial
No tempo de dragões,
Unicórnios, magos e mitos,
Surge a Lua gémea
Da Lua actual.

As duas Luas eram como irmãs
Partilhavam, sonhavam, brincavam,
Até que um dia uma delas
Quis estar atrás da outra.

Ao inicio era uma brincadeira
Mas com o tempo um das manas
Começou a perder o brilho.
As Luas ficaram assustadas
E não se criam perder uma à outra.
Chegaram ao ponto de partilhar o brilho
Mas não resultou.

Com medo de nunca mais
Ver a irmã,
Cada Lua juntou-se à outra
Criando uma Lua de duas fases:
Uma com fase brilhante que se vê
A outra com fase escondida
Mas nas noites de luar
Se tiveres com atenção
Verás que as duas Luas
Partilham o brilho e a sombra
de uma com a outra.

É por isso,
E por outros,
Que a Lua
É o melhor sonho
Que se pode sentir.


II – Bluemoon (22-07-1999)

Dizem que a Lua
É romântica, mística,
Sonhadora, dona da Noite,
Mas quando azul se fica
O mito é outro
Mas com magia,
Drama, romance.

Ver uma lua azul
É muy raro,
Mas saber e sentir
A Lua é ainda mais raro.

Dizem os poetas
Que a Lua tem saudade de Gaia
E por isso, chama tanto a Mãe
Que ela lhe dá um pouco do seu Céu,
Para a filha ficar mais perto.

Dizem os poetas,
Que os feitiços feitos
Em Luas azuis,
São fortes e poderosos,
Mas tão românticos
Se for, de poções de amor.

Dizem os poetas
Se o amor for declarado
Em luar de Bluemoon
O amor será eterno.

Mas quem sabe
Talvez seja só
Um modo de Lua
Apresentar,
Sonhar,
Estar,
Perante o infinito
do finito ser
que vê
esta magnífica
e esbelta
BLUEMOON.


III - A trama (22-07-1999)

Os deuses devem estar loucos
Pois estão a competir
Para saber quem é a mais bela.

Lua, Vénus, Athens,
Manifestaram-se
Para disputar esse título.

Pobre mortal que calhau a tarefa
Ficou tramado na História.

(Dizem que a poesia
não se narra
mas “prontos”
se narra os contos).

À Athens
Deu-lhe o intelecto
E a guarda do saber,

À Diana
O título foi de Desporto,
De romance, de caça,

Mas foi a filha do Mar
Que a beleza lhe deu
O título.

(Os deuses estão loucos)
O mortal poderia ser atlético
Ser intelecto
Mas ficou como estava
Recebendo um amor
Que não lhe era correspondido.

Devido a isso,
Colocou Vénus
Num lugar
Ao pé do Mar
De antes e após, do Sol
Se erguer e pôr.

Dando ainda um poder de amor
À Lua como símbolo de gratidão,
E a Minerva, o bastão das artes.

Isto tudo interpretado num quadro
De um mortal
Que ficou tramado
Na eleição.


P de BATISTA

Estes contos se encontram no meu blog, decidi passá-los também para aqui, no Luso-Poetas.
São três contos em poesia.
Vão fazer 10 aninhos, para o próximo ano. Espero que gostem.
 
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Batista
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