Poemas : 

Águas pálidas

 
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Na margem do rio dos anseios
Chovem lágrimas de purpúreos olhos
Vagas memórias aos molhos
Que flutuam nas águas doces dos riachos.

À margem de tudo e de nada
Na riba declinada da vida chorada
Bebe-se o suco de sangue e seiva
Onde a depressão do rio é mais funda.

Flutua-se com pesar e perda
Na corrente que traz e leva a vida
Anseia-se a metamorfose da alma perdida
E braceja-se enquanto há esperança.

Despenhadeiro de mera miragem
Onde não cai a índole e o carácter
Banhando-se na ribeira de múltiplas lágrimas
As lívidas e macilentas sombras.

As águas são pálidas…
Os rios não secam porque abundam as chuvas
As lágrimas pertencem a aparecidas almas
Nas margens secundárias das orlas.



http://carlopfler.blogspot.com/

 
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Carla Costeira
 
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Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 28/12/2008 21:06  Atualizado: 28/12/2008 21:06
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Usuário desde: 24/06/2007
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Mensagens: 3263
 Re: Águas pálidas
Olá doce Carla,

Águas da vida e águas da morte.Teu texto tão rico em imagens e símbolos nos faz refletir.Beijo na alma!

Karla Bardanza