Há um tumor que alimenta antigos desejos,
Crescendo a metástase transforma-se em um sonho pulcro,
O brumo que sorvido pelos deuses origina o caos cuspido nos abortos
Escorre pelas fissuras e chagas ,sacro estigmas infeccionados
Estuprando vorazmente a criança aleijada.
Um feto deformado mergulhado no universo além éter
Ilude o abismo e confunde-se na paisagem de incontáveis cadáveres
Permitindo que a mãe decepada o contemple com órbitas vazias,
Pavilhão dos mutilados, cantam para os leprosos surdos,
Passeiando com a língua nos membros rotos e gozando nas feridas
Um verme assola os intestinos do novo dono do salão,
Ela defeca em vagas lembranças enquanto a loucura não consome o que resta.
Despedaçando intróitos onde fluidos excretórios lamentam.
Lábios vaginais e cortinas nada densas tombando até afundar na promíscua decomposição,
O fedor que emana dos corpos organiza-se ascendendo ao teto branco que ilumina os olhos dos cegos,
A luminosidade que reflete nos lencóis e trajes abertos,sangue desce profundo em vasos e artérias explode,
Derramando a sub-existência fulgaz do brado atro sem maxilar ecoando nos portões manchados,
Os limites da dismorfia em traçados pavorosos,
Eutanásia
Soa a misericória quando o nome ecoa.
Pernas desfeitas arrastam-se em busca do fim carregando absurdos corpos.