Estou me calando pela última vez,
Este é meu último minuto de vida,
E os gritos dos mortos só trazem a lembrança,
De dores, angústias e magoas vividas.
Mas não vou acordar nas trevas,
Vou segurar a mão de Deus,
E não vou ficar sozinho,
Vou abandonar o grande mundo,
A quem me fere como um espinho.
Para alcançar a minha paz,
Respirar o ar mais puro,
Esquecer quem sabe do meu destino,
Encontrar a luz pelo caminho.
Dos dias claros que não vivi,
Noites escuras que mergulhei,
A esperança se foi de mim,
Por tantas lágrimas que derramei.
Lágrimas que caíram em vão,
Pelos sonhos que não realizei,
Os sorrisos que não encontrei,
Na dor profunda da desilusão.
Oh cruel mundo dos nossos dias,
A minha magoa é a tua alegria,
O meu prazer você fez prejuízo,
Oh mundo maldito que me roubou o juízo.
Partirei eternamente,
Mundo sem assas teu fruto é a semente,
Dos sonhos que morrem esquecidos,
Sentimentos que são sempre contidos,
Pelas estradas que conduzem minha mente.
Rodrigo Cézar Limeira