Alguém que tudo tem,
Cansa-se de tudo ter,
E deixa tudo que tem,
Para sem nada viver.
Porque de tudo que tinha,
Jamais, poderia ter,
Liberdade de ir e vir,
Caminhar sem segurança,
E assim, seguro ser.
Ouvir e também dizer,
Verdades e controvérsias,
Demonstrando assim ser,
Liberto e também certo,
Do seu agir e proceder.
Usufruir o simples da vida,
E na vida também ter,
O direito de andar a pé,
Seguir em frente ou à marcha ré!
Viver, tão-somente viver!
Tomar o ônibus e pedir parada,
Se comprimir em meio a massa,
E massa também comer.
Porque tudo era medido,
Analisado, inquirido, anulando o seu ser.
Melhor é não ter tudo,
Pra verdadeiramente, tudo ter!
Felicidade, teu nome é liberdade,
Liberta enfim, quero ser!
Esther.