Se é verdade, que um sorriso, pode,
até mover montanhas,
a falta deste, céus escurece, e, os
pássaros, partem em debandada,
buscando algures um sol, que lhes
lembre esse brilho, tão próprio,
de quem, como tu, irradia-o, a todo
o instante,
para minha constante alegria.
Sinto-lhe a falta, o subtil timbre,
percorrendo meu corpo, sem pedir
licença. E, nem precisa, porque tudo,
que nasce puro, tem livre critério,
na espontaneidade, com que derruba,
quaisquer barreiras, acima de tudo,
levantadas, por aquelas pessoas tristes,
que, não entendem, a alegria, das
demais pessoas, seu líneo sorriso.
E neste meu desassossego, sozinho,
num fenecer de flores e cores
existenciais, a saudade torna-se maior,
porque tu não estás, e, toda a
lembrança, é como uma dor no peito,
que teima em persistir, ante meus
versos, que te cantam, ainda que ao
longe, canções de embalar, numa
tentativa, não sei se vã, de te abraçar.
Jorge Humberto
2 4/12/08