Tentei rever a luz
Difusa
Tateei as tuas coxas
Mesmo de longe
Não sabia se era virgem. Apenas te queria.
Por que também não sabia. Era só excitação, sem sentido, sem razão. E um jovem não poder ser privado de nada. Nem do coito, nem de ser masturbado.
Meu quarto se tornou teu.
Estendida na cama aguardava para ser deflorada.
Não sou eu. Que nada.
Arrepiei. Enrolei-me em teus pêlos pubianos.
Ah, se eu tivesse mais alguns anos. Mas sou adolescente. E o adolescente tudo sente e ninguém se ressente
De seus desejos, de suas angústias. Dos seus sofrimentos
Tua pele felpuda
Teu perfume
Tuas coxas me engolem. Me levam tão fundo!
Uma calcinha branca sobre o aparador
Ela é tão linda que me causa dor
Eu ainda nem senti o seu sabor e ela já me joga fora da alcova.
Ela quer mesmo que eu morra de excitação
... E no meu despertar vejo apenas a calcinha branca
Molhada como um bilhete de despedida
Ela é leviana!
Joel de Sá
24/12/2008.