Luso-Poemas
 
Poemas -> Sombrios : 

Cadáver

 
Chão frio
Que embala a dureza da cara
O gelo dos olhos
A cicatriz de uma boca,
Que gritou o "socorro"
Que tentou viver.

O mundo passou
Todos olharam
Ninguem ajudou,
Medo de provar sangue alheio
Medo,
De tocar as lágrimas
Que tinham o cheiro da morte.

Vida que sonhou,
Esta alma que do amor se afogou,
E no chão fundo embateu
Para se desfazer em cinzas.

Os passos voam
Ao lado de quem vai morrendo
O cheiro do desprezo,
A sanidade do momento,
Em que algo se entristece
Algo morre.

O cadaver
Que quis voar mais alto.
Mas que caiu sem rasto,
Sem ajuda
Sem amor.

 
Autor
Lunar
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
907
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
1 pontos
1
0
0
Recentes
Tempestades
Partir
Abrigos
Reinos
Lembrança
Aleatórios
Mulher
Encantos
Raiva
Percorre
Face
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 28/04/2007 17:52  Atualizado: 28/04/2007 17:52
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: Cadáver
Triste sentir que nunca estamos para ajudar quem precisa. Felizmente nem sempre é assim. Gostei do conteúdo do poema. Faz-me pensar...

Bjs

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre