Longe da sepulcral saudade,
Distante dos anseios tão sensíveis dos anjos mármoreos
Detive uma lágrima acima dos seios protuberantes,
Rompendo os lábios de minha noiva morta
Na despedida ao ocaso profano dos apaixonados.
O rigor de membros delicados na intemerata juventude
Permanecerá eterno na lembrança que consumo gozando,
O calor que transpirou através de um sonho no suor frígido
Reanimou o brilho da pele com diáfanos tons de lamento.
Veias cálidas rompem a fronte alva,
Prossigo atravessando em idas e voltas amargas
Desfazendo a pele tênue do priapo machucado,
Acídulos beijos sob o orvalho noturno em plenilúnio ritualístico
Levam o sêmen que esgoto no interior do cadáver.
Após dissecar o último resquício de esperança
Verticais rupturas estendem-se nos meus braços magros
Vertendo o néctar dos entes obscuros,
Rompendo os laços terrenos que aprisionam esta flébil alma
Junto ao pútrido alimento de ínfima existência terrena.