Insisto batendo nas teclas,
Que não se cansam de imprimir
O mais irracional e insensível
Conjunto de arabescos copulantes,
Filhos de minha incestuosa sepultura aquosa.
Abano a cauda,
Rangendo a dentadura de meia arcada,
Para morder o primeiro iconoclasta,
Que rir de minha moeda de duas caras.
Onde achar a clareza alegórica,
Que brote do ventre de algum espírito cristalino,
Que viva comigo a amarga prisão.
Ou ao menos um espírito
Que tenha anseios e um modo tranqüilo
De falar de recônditos sonhos?
Cresce sempre
A angustia dos desejos irrespondíveis,
O castiço sorriso degenerado,
Na imensa solidão da companhia de todos vocês.