Reencontro-te em Praga.
Estou acompanhada por um jovem que desconheces. Finges que não me vês, mas percebo que ardes em curiosidade e ciúme.
Segues-nos até ao restaurante, depois pelas ruas, que há anos percorremos juntos, quando jurámos amor eterno, que o foi enquanto durou.
Estranho encontrar-te ali...Será que alguma vez regressaste? Será que te vieste embora, no mesmo dia em que te disse que não te amava? Tu que me querias ensinar o que era o amor. E em Praga.
Mas eu, embora mais jovem, acho que sabia mais de paixão, que tu de amor. Ou pensava que sim. Porque ainda hoje não tenho a certeza.
Passeio-me com uma paixão jovem, para me esquecer que envelheço. Olho-te e continuas com a mesma aparência, apesar da diferença de mais 20 anos de idade. Olhas-me, procurando em mim, a pupila de outrora, apaixonada pelo mestre, que queria ensinar o amor, enquanto nos dávamos em paixão.
Olho-te. E recuo no tempo.
Que será que farei a seguir?
Luna
(continua)