Segredos tenebrosos
assombram
o deslizar das noites
em
palavras trocadas
de imagens
criadas
por uma
solidão
repartida.

Encolhem-se os ombros,
as mãos
e os dedos dos pés.

Projectam-se
luzes de néon
em
perpétuos movimentos.

As cores transbordam.

O grito mudo na surdez das vozes.

Pinto,
em tons irrequietos,
os quadros de letras
com
que anuncio
a minha morte.

Irreversível o olhar
lucífugo,
frágil,
fixo,
flourescente,
transcendente,
mortal.

Atento o luar
eterno,
diáfano
vítreo
profundo
como o meu (a)mar.

Como é irrespirável
o cheiro da morte.


AnaMar

 
Autor
Nini
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/12/2008 23:15  Atualizado: 20/12/2008 23:15
 Re: Medo
Da minha janela aberta para o mar
Invento o novo céu dos poetas....



Feliz Natal


Dolores


Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 21/12/2008 18:49  Atualizado: 21/12/2008 18:49
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: Medo
Tenho estado a ler-te de trás para a frente (começo nos primeiros que postaste), e digo-te estou a admirar muito este teu tipo de poesia...