Ouço um canto,
lindo canto... de um pássaro na gaiola,
subindo, descendo ... Indo e vindo,
sem saber quando, será a hora.
De abrir esta gaiola, desta prisão romper,
de livre enfim me sentir,
por livre então eu ser.
E, livre poder cantar...
Usar minhas asas num vôo...
Voar, voar... Ir alto, bem alto chegar...
Ir de encontro ao vento, como se uma flecha fosse,
como se fosse uma flecha,
Rasgando o infinito... Em um vôo longo e doce,
num vôo doce e bonito!
O que de mais puro e singelo tenho,
A dádiva que Deus me deu...
E que encanta a todos, é este canto meu.
A causa da minha desdita,
a beleza que me acorrenta,
a morte da minha vida!...
Oh! Que humanidade insana!
(Esther)