Chegar a casa e sentir o aroma, de teu perfume,
embriagando-me sentidos, de jardins perdidos,
deixa-me assaz com vontade, de ter vontade de
ti, explicação essa, que descubro, olhando-nos.
E olhos com olhos, nos buscando, num silêncio,
só a nós compreensível, que, um sorriso, aflora
em nossos rostos corados, pela súbita ascensão
do sangue, percorrendo todos os poros do corpo.
Passo a passo, caminhas pois, em minha direcção,
insinuando segredos, só nossos, que, eu retribuo,
indo ao teu encontro, maneando meu corpo viril,
pra nos acharmos, em longo abraço, beijo carmim.
Imensas saudades, tornam-se exigentes, ante nós,
e, inesperado vento, levanta-se, e com ele cortinas
e lençóis (assim), cobrindo o chão, de nosso quarto,
deixando sobremaneira, nossa cama, em desalinho.
E num queixume, que se diria, uma flor cuidando de
atenção, meus braços persistem, em bem envolver
os teus, apenas para saborear teu cheiro e o toque,
de tua pele macia, e, pensando em ti, eis adormeço.
Jorge Humberto
18/12/08