Amor,pequenos braços mal movem-se na neblina,
Indolentes marcam pulsos estigmatizados,
Éter consome resquícios de consciência,lembranças de gritos feridos.
Provocante encara o sangue entre as pernas abertas
Magras e delineadas,saborosas.
Chora sozinha diante do lobo negro,saboreio a paixão,
Entre cintilantes desejos,orgarmos místicos,
Lágrimas e espasmos ritmados,melódicos,
Vestes minúsculas na rua passeiavam cativas da beleza,
Pura no níveo templo de ninfa insensata e vulgar,
Não permiti que a tomassem.
No calabouço o sonho desmascara a inocência
Impondo diademas e estigmas enquanto baila o sátiro,
Ergue o véu do pudor,despe-se da moral imaculada.
Um lamento entre as longas cordas,firmes e austeras.
Corrimento agridoce cálidamente brota dos desejados lábios menores,
Mergulho no estreito prazer encontrando o paraíso sentido,
Vaidosos montes perfumados,encantada volúpia,
Elixir profano dos estremecimentos no atro firmamento,
Contemplando os pecados fluindo na agonia noturna.
Minha lúbrica criança,um pedaço por vez,
Serpente que insinua-se no infantil delírio tenebroso,
Até que não mais restem vestígios pecaminosos,
Outros corpos pedirão ajuda em vão,com súplicas morrendo nos lábios infantis,
Saciando o corpo que venero,me apodero das almas
Devorando corações e densas carícias libertando a suposta sordidez da sombra que ostento incurável.