Uma cabeça cheia é como enfrentar uma cheia de cabeça. As águas geladas e tumultuosas em breve me envolvem e sei que lutar contra não é solução.
E talvez lutar a favor termine o conflicto mais rápido.
Descubro onde as águas me querem levar e em breve já não sinto a violência da corrente apenas me deixo deslumbrar pela beleza do sítio/momento.
Aceitando que nem todas as praias são as minhas praias descubro que posso ser em todas elas.
A resistência é fútil e hostil á Vida.
As mensagens estão presas em todas as nossas extremidades apenas aguardado uma oportunidade de serem transmitidas a um qualquer hospedeiro.
No momento em que decido escutar-me a mim mesmo encontro o mundo a escutar-me.
A arte está sempre no acessório da criação.
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.