Poemas : 

Aberração

 
Cortei o meu eco...
Como o vento louco
Livre de grades,
Prisões de Homens
Velhos e jovens
Mãos de todas idades,
Mortas... pouco a pouco!
Nada! Silencio teu eco.

Dei passos sem espaço,
Sem linha de horizonte,
Pedinte de olhos roucos
Que tosse a vida,
Nua, cinzenta, despida,
Sovada a socos...
Sangrada na fronte!
Silencio o espaço.

Agarrei-te a alma,
Alvo pedaço de ser
Gasto por tua vontade,
Pelo querer do mundo,
Ser, querer profundo
De um Marquis de Sade,
Frio, quente, esquecer!
Violar essa alma.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 19/12/2008 10:26  Atualizado: 19/12/2008 10:26
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Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Aberração
Gosto muito do teu poema e da forma como invades essa alma nos versos finais.
O poema, não sei bem porquê, fez-me lembrar um pouco o "fantasma da ópera"... Mas eu sou louca mesmo!

Beijo grande, grande Al