Navegamos sem naus,
Sem mastros, sem lamentos
Sem chuva e ventos
Com marujos de qualquer idade,
De qualquer cidade...
Não se deixa, no porto, saudade
Por maior que seja a viagem.
Os mares atuais
Cabem nos manuais,
Mas, não dispensam os sinais.
Vamos longe,
Muito longe,
Sem aragem no rosto,
Sem os desafios da coragem,
Sem dias e noites intermináveis,
Em companhias muito pouco agradáveis.
Restou das caravelas
Das velas ao vento,
O grande e ensandecido prazer das grandes descobertas,