Desfolhando-te, como a uma
belíssima flor,
pétala por pétala,
deixando cair vais, no verde
do chão, tua sagrada inocência.
E exposta tua natural nudez,
cubro-te do linho
mais branco,
insinuando formas sensuais,
qual realeza, anelo de meu coração.
E tu danças sobre a terra, tal qual
um Xamã, chamando ao longe,
a força universal, de toda a
natureza, que se agita,
qual tocada fosse, por leve brisa.
E, dentro de um círculo, de felicidade
tamanha, deixas tudo para
trás e sorris francamente,
enquanto os pássaros, pousando vão,
para te verem, bem mais de perto.
Entrando numa espécie de transe,
percorres todo o jardim,
acariciando, à vez, todas
as flores, cada uma mais viçosa, do
que a outra, apenas vergando-se,
à tua beleza e exuberância.
E nem a chuva repentina, desvia-te
minimamente, de teus intentos,
pois que és a graça em mulher,
sem pudor, que maldade não vem,
a quem age naturalmente,
irradiando contentamento.
Cansada, quase desfalecendo,
pego-te ao colo, cobrindo-te com o
meu corpo, e, trago-te para casa,
desenhando em meus lábios,
uma alegria sem fim,
por seres essa força da natureza,
um belo ser, que me honra com
seu amor sem fim, assim como
nasce e renasce, continuamente,
o meu por ti, que não cessa nunca.
Jorge Humberto
13/12/08