Sonetos : 

HOMENS HONRADOS

 


Há um estoicismo, em todo o homem,
Quando este se depara ante a ditadura,
São como monstros que o consomem
Mas que ele enfrenta com toda a lisura.

Não lhe aplaquem a miséria – se este
Vive nela – nem apelem ao seu cinismo,
Não há nada pior que viver a pena deste,
Quando ele é votado ao ostracismo.

Contra o focinho da palavra ele se agita,
Não há algozes que o prendam aqui,
É como ao longe a voz quando grita…

Mas o que os outros não sabem ainda,
É que lá no fundo ele tem orgulho de si,
Na sua sorte ou na vida quando finda.

Jorge Humberto
26/04/07

 
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jorgehumberto
 
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