Conduzi o crespúsculo junto ao meu túmulo,
A frieza rigorosa da lividez funesta alimenta a sensação de vertigem,
Palor e rigor mortis,adormeça nos braços do anjo,
Na síncope vesperal consumo a luz dos corpos,fogo fátuo blasfemo,
Jamais verei novamente aquela que amo.
Meu corpo apodrece rápido,assim como os vivos o fazem lentamente,
Cuspo sangue e dentes partidos,detenho um encanto sombrio e trágico,
A noite engole os sonhos proibidos no leito dos santos,
Gostaria de um último adeus,mas é tão tarde para todos nós.
Apáticos anjos arrastam-se no tépido outono,
Meu coração é um altar eterno e arruinado,
Aqueles que adormecem na infinitude letárgica
Não conhecem a extensão da paixão que carrego maculada,
Outrora desejava o quebrantamento das flores,
Agora apenas a contemplação do sorriso de Vanessa.