SAUDADE
(Davys Sousa, Teresina-PI – 12 de Dezembro de 2008)
O que permanece no coração?
Dentro encontro só lembranças
Lembranças que são um tanto doce
Como amargas, lembranças gentis de outrora,
Também cruéis. Às vezes, lembranças
Cheia de dor – e nada mais!
Saudade! Cálido frescor de um tempo,
Ou amargo sabor de infelicidade...
Ela chega de sutil envolvendo-nos.
Saudade! O tempo vai passando,
Abrupto despertar quando ao coração
Ausenta-se o amigo, a família, o amante,
Alguém querido na solidão
Das lembranças e sonhos,
Incomensuravelmente inconsolável dor no peito mal sofrido
Saudade! Esta triste pocilga,
Frio que corre poeticamente pelas veias...
No íntimo peito que a dor alimenta
Onde arde a alma.
Davys Sousa
(Caine)